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29 de maio de 2011

Fernando Henrique diz que uso de drogas não deveria ser crime: A Marcha da Maconha e a liberalização das drogas

Maconha é tão vilã quanto o tabaco



No centro dessa discussão está Fernando Henrique Cardoso, que, prestes a completar 80 anos, defende que usar droga não deve ser considerado crime: “As pessoas não têm coragem de quebrar o tabu e dizer: ‘Vamos discutir a questão’”.

Maconha é tão vilã quanto o tabaco

Para dar continuidade aos próximos argumentos, tenho que informar algo que muitos tentam esconder. Se você conversar com qualquer um, todos vão saber dos males do cigarro de tabaco, mas do males da maconha? Alguns talvez ainda vão ficar surpresos, desconhecendo seu lado maléfico.


Para começar, é bom informar que a maconha é 5 vezes mais cancerígena chegando aos absurdo de 20 vezes mais nociva que o cigarro de tabaco! Sim, é isso mesmo. A maconha comum é 5 vezes mais cancerígena e outras variedades concentram mais substância maléficas – pra ter uma ideia, normalmente a cannabis sativa tem 9% de THC, mas algumas variedades chegam a ter 37%!.

A Nova Zelândia tem um estudo onde já diz que há uma epidemia de câncer relacionado à maconha. 1 em cada 20 casos de câncer de já pode ser associado a erva – leve em consideração ainda que a quantidade de fumantes de baseados são muito menores do que o consumo de cigarros “legalizados” de tabaco.
O mito do “fumo mais natural” já começa a ser derrubado por aí. Mas não para. A lista de males é enorme e mais preocupante. Vou fazer uma lista com a notícia dos fatos:


“Cigarro de maconha ‘causa os mesmos danos de 5 de tabaco‘”:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/07/070731_maconhaefeitos_fp.shtml

“Maconha ‘pode antecipar sintomas de esquizofrenia‘”:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/12/051201_maconhams.shtml

“Maconha prejudica fertilidade de homens, diz estudo”:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2004/03/040331_maconharc.shtml

“Maconha pode ‘dobrar o risco de doenças mentais‘”:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/03/050301_maconhamtc.shtml

“Maconha aumenta chances de derrame, diz estudo”:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/02/050208_maconhaebc.shtml


“Maconha pode aumentar o risco de psicose, diz estudo”:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/07/070727_maconhapsicosefn.shtml

“Maconha é mais cancerígena que tabaco, diz estudo”:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/01/080130_maconhacigarro_mb.shtml

“Fumaça de maconha é mais tóxica que de cigarro, diz estudo”:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/12/071219_maconhafumacafn.shtml

“Maconha pode afetar cérebro de fetos, diz estudo”:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u413189.shtml

“Maconha pode ‘encolher o cérebro‘, dizem cientistas”:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/06/080603_cannabiscerebro_mp.shtml

“Maconha tem efeitos psicotrópicos cada vez mais poderoso”:
http://afp.google.com/article/ALeqM5h4xQ9EcNp61_JNF8TWtBZZxqmlNw

“Estudo liga uso de maconha a câncer de testículo“:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2009/02/090209_maconhacancertesticulo_ba.shtml
Então, não sejamos ingênuos ou cegos. Maconha tem efeitos terríveis na saúde humana.

28 de maio de 2011

Paralização dia 31 de Maio: a CNTE comunica que NÃO ESTÁ CONVOCANDO


 
     
A despeito das notícias divulgadas na internet, com uso de imagens e palavras de ordem do cartaz utilizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação para paralisação realizada no dia 11 de maio, a CNTE comunica que NÃO ESTÁ CONVOCANDO novamente a categoria para paralisação nacional no próximo dia 31 de maio. 

Trata-se de uma iniciativa de pessoas que PIRATEARAM o material da CNTE. Seus autores se apropriaram do conteúdo do cartaz, ao tempo que informam se tratar de um movimento sem lideranças. 
 
Com o uso indevido da nossa arte, se valem da forte representatividade da Confederação junto ao movimento sindical, tentando confundir os/as trabalhadores/as em educação brasileiros/as.

A CNTE entende que é legítimo organizar mobilizações em defesa da educação e das suas reivindicações mais urgentes, como a implementação do Piso Salarial Nacional em todos os estados e municípios brasileiros. 

O que não é possível é a pirataria anti-ética, irresponsável e despolitizadora que em nada contribui para fazer avançar a luta por uma escola pública de qualidade e socialmente referenciada que tanto desejamos.

Fonte: http://www.cnte.org.br/

26 de maio de 2011

Álvaro de Campos: A liberdade, sim, a liberdade!


A liberdade, sim, a liberdade!
A verdadeira liberdade!
Pensar sem desejos nem convicções.
Ser dono de si mesmo sem influência de romances!
Existir sem Freud nem aeroplanos,
Sem cabarets, nem na alma, sem velocidades, nem no cansaço!

A liberdade do vagar, do pensamento são, do amor às coisas naturais
A liberdade de amar a moral que é preciso dar à vida!
Como o luar quando as nuvens abrem
A grande liberdade cristã da minha infância que rezava
Estende de repente sobre a terra inteira o seu manto de prata para mim...
A liberdade, a lucidez, o raciocínio coerente,
A noção jurídica da alma dos outros como humana,
A alegria de ter estas coisas, e poder outra vez
Gozar os campos sem referência a coisa nenhuma
E beber água como se fosse todos os vinhos do mundo!

Passos todos passinhos de criança...
Sorriso da velha bondosa...
Apertar da mão do amigo [sério?]...
Que vida que tem sido a minha!
Quanto tempo de espera no apeadeiro!
Quanto viver pintado em impresso da vida!

Ah, tenho uma sede sã. Dêem-me a liberdade,
Dêem-ma no púcaro velho de ao pé do pote
Da casa do campo da minha velha infância...
Eu bebia e ele chiava,
Eu era fresco e ele era fresco,
E como eu não tinha nada que me ralasse, era livre.
Que é do púcaro e da inocência?
Que é de quem eu deveria ter sido?
E salvo este desejo de liberdade e de bem e de ar, que é de mim?



Álvaro de Campos - Livro de Versos . Fernando Pessoa. (Edição crítica. Introdução, transcrição, organização e notas de Teresa Rita Lopes.) Lisboa: Estampa, 1993.
 - 137.

Nota Oficial da ABGLT sobre a suspensão do kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia

Nota Oficial da ABGLT sobre a suspensão do kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia 

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, por meio de suas 237 ONGs afiliadas, assim como a Articulação Nacional de Travestis e Transexuais - ANTRA, a Articulação Brasileira de Lésbicas – ABL, o Grupo E-Jovem, milhares de militantes LGBT e defensores dos direitos humanos, lamentam profundamente a decisão da Presidenta Dilma de suspender o kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia. A notícia foi recebida com perplexidade, consternação e indignação. 

Apesar de entender que houve suspensão, e não cancelamento, do kit, até porque o material ainda não está disponível para uso nas escolas e aguarda a análise do Comitê de Publicações do Ministério da Educação, a ABGLT considera que sua suspensão representa um retrocesso no combate a um problema – a discriminação e a violência homofóbica – que macula a imagem do Brasil internacionalmente no que tange ao respeito aos direitos humanos.

Este episódio infeliz traz à tona uma tendência maléfica crescente e preocupante na sociedade brasileira. O Decreto nº 119-A, de 17 de janeiro de 1890, estabeleceu a definitiva separação entre a Igreja e o Estado, tornando o Brasil um país laico e não confessional. Um princípio básico do estado republicano está sendo ameaçado pela chantagem praticada hoje contra o governo federal pela bancada religiosa fundamentalista e seus apoiadores no Congresso Nacional. O fundamentalismo de qualquer natureza, inclusive o religioso, é um fenômeno maligno atentatório aos princípios da democracia, um retrocesso inaceitável para os direitos humanos. 

Os mesmos que queimaram os homossexuais, mulheres e crentes de outras religiões na fogueira da Inquisição na idade média estão nos ceifando no Brasil da atualidade. Segundo dados do Grupo Gay da Bahia, a cada dois dias uma pessoa LGBT é assassinada no Brasil por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero. É preciso que sejam tomadas medidas concretas urgentes para reverter esse quadro, que é uma vergonha internacional para o Brasil. 

Uma forma essencial de fazer isso é através da educação. E por este motivo o kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia foi construído exaustivamente por especialistas, com constante acompanhamento do Ministério da Educação, e com base em dados científicos. Entre estes são os resultados de diversos estudos realizados e publicados no Brasil na última década. 

A pesquisa intitulada “Juventudes e Sexualidade”, realizada pela UNESCO e publicada em 2004, foi aplicada em 241 escolas públicas e privadas em 14 capitais brasileiras. Segundo resultados da pesquisa, 39,6% dos estudantes masculinos não gostariam de ter um colega de classe homossexual, 35,2% dos pais não gostariam que seus filhos tivessem um colega de classe homossexual, e 60% dos professores afirmaram não ter conhecimento o suficiente para lidar com a questão da homossexualidade na sala de aula. 

O estudo "Revelando Tramas, Descobrindo Segredos: Violência e Convivência nas Escolas", publicado em 2009 pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, baseada em uma amostra de 10 mil estudantes e 1.500 professores(as) do Distrito Federal, e apontou que 63,1% dos entrevistados alegaram já ter visto pessoas que são (ou são tidas como) homossexuais sofrerem preconceito; mais da metade dos/das professores(as) afirmam já ter presenciado cenas discriminatórias contra homossexuais nas escolas; e 44,4% dos meninos e 15% das meninas afirmaram que não gostariam de ter colega homossexual na sala de aula. 

A pesquisa “Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar” realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, e também publicada em 2009, baseou-se em uma amostra nacional de 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários, e revelou que 87,3% dos entrevistados têm preconceito com relação à orientação sexual e identidade de gênero

A Fundação Perseu Abramo publicou em 2009 a pesquisa “Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil: intolerância e respeito às diferenças sexuais”, que indicou que 92% da população reconheceram que existe preconceito contra LGBT e que 28% reconheceram e declarou o próprio preconceito contra pessoas LGBT, percentual este cinco vezes maior que o preconceito contra negros e idosos, também identificado pela Fundação. 

Estas e outras pesquisas comprovam indubitavelmente que a discriminação homofóbica existe na sociedade é tem um forte reflexo nas escolas. Eis a razão e a justificativa da elaboração do kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia. 

Com a suspensão do kit, os jovens alunos e alunas das escolas públicas do Ensino Médio ficarão privados de acesso a informação privilegiada para a formação do caráter e da consciência de cidadania de uma nova geração.

Em resposta às críticas ao kit, informamos que o material foi analisado pelo Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça, que faz a "classificação indicativa" (a idade recomendada para assistir a um filme ou programa de televisão). Todos os vídeos do kit tiveram classificação livre, revelando inquestionavelmente as mentiras, deturpações e distorções por parte de determinados parlamentares e líderes religiosos inescrupulosos, que além de substituírem as peças do kit por outras de teor diferente com o objetivo de mobilizar a opinião pública contrária, na semana passada afirmaram que haveria cenas de sexo explícito ou de beijos lascivos nas peças audiovisuais do kit. 

O kit educativo foi avaliado pelo Conselho Federal de Psicologia, pela UNESCO e pelo UNAIDS, e teve parecer favorável das três instituições. Recebeu o apoio declarado do CEDUS – Centro de Educação Sexual, da União Nacional dos Estudantes, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, e foi objeto de uma audiência pública promovida pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, cujo parecer também foi favorável. Ainda, teve uma moção de apoio aprovada pela Conferência Nacional de Educação, da qual participaram três mil delegados e delegadas representantes de todas as regiões do país, estudantes, professores e demais profissionais da área.

Ou seja, tem-se comprovado, por diversas fontes devidamente qualificadas e respeitadas, como base em informações científicas, que o material está perfeitamente adequado para o Ensino Médio, a que se destina. 

Os direitos humanos são indivisíveis e universais. Isso significa que são iguais para todas as pessoas, indiscriminadamente. Os direitos humanos de um determinado segmento da sociedade não podem, jamais, virar moeda de troca nas negociações políticas. Esperamos que a suspensão do kit não tenha acontecido por este motivo e relembramos o discurso da posse da Presidenta no qual afirmou a defesa intransigente dos direitos humanos.

Esperamos que a Presidenta Dilma mantenha o diálogo com todos os setores envolvidos neste debate e que respeite o movimento social LGBT. Da mesma forma que há parlamentares contrários à igualdade de direitos da população LGBT, há 175 nesta nova legislatura que já integraram a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, e que com certeza gostariam de ter a mesma oportunidade para se manifestarem em audiência com a Presidenta, o mais brevemente possível. 

A Presidenta Dilma tem assinalado que seu governo está comprometido com a efetiva garantia da cidadania plena da população LGBT, por meio das ações afirmativas de seus ministérios. Na semana passada, na ocasião do Dia Internacional contra a Homofobia, a ABGLT foi recebida por 12 ministérios do Governo Dilma, onde um item comum em todas as pautas foi o cumprimento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT. Também na semana passada, por meio de Decreto, a Presidenta convocou a 2ª Conferência Nacional LGBT. Porem, com a atitude demonstrada no dia de hoje acreditamos estar na contramão dos direitos humanos, retrocedendo nos avanços dos últimos anos. Exigimos que este governo não recue da defesa dos direitos humanos, não vacile e não sucumba diante da chantagem e do obscurantismo de uma minoria perversa de parlamentares e líderes fundamentalistas mal intencionados. 

Esperamos que a Presidenta da República reconsidere sua posição de suspender o kit do projeto Escola Sem Homofobia, para restabelecer a conclusão e subsequente disponibilização do mesmo junto às escolas públicas brasileiras do ensino médio. Esperamos também que estabeleça o diálogo com técnicos e especialistas no assunto. Estamos abertos ao diálogo e esperamos que nossa disposição neste sentido seja retribuída o mais rapidamente possível, sendo recebidos em audiência pela Presidenta Dilma e pela Secretaria-Geral da Presidência da República e que a mesma reveja sua posição.


Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

25 de maio de 2011

Homofobia se aprende, Sexualidade não: Ser gay é tolerar a indiferença dos indiferentes




A presidenta Dilma, acaba de vetar as discussões sobre homofobia no espaço escolar. Ela pode vetar o material, o programa, mas não pode vetar as vozes dos educadores, que viram na proposta do Ministério da Educação, uma forma de se discutir a homoafetividade no espaço escolar. O veto da presidenta sinaliza o preconceito e a descriminação de uma nação, que se julga tão democrática, porém tem nas suas entrelinhas a descriminação.


Pensar que discutir as temáticas ligadas à sexualidade é algo que fere a moral, ou que,  por discutir as questões voltadas para o respeito às diferenças irá induzir uma criança a ser homossexual é uma barbaridade epistemológica. O que não podemos aceitar é que, deputados e outras “autoridades” constituídas pelo povo, agora deixem de representar o povo. Ser gay é algo absolutamente normal, o que algumas pessoas estão pregando, é que ser gay, é uma perversão, é algo que fere os bons princípios, que Deus o criador de tudo e todos, abomina os homossexuais. Será que em plena contemporaneidade, vamos ver a morte de inúmeros jovens e adolescentes gays, sendo desrespeitados, marginalizados e sofrendo Bullying, por serem normais?


Muitos jovens gays crescem achando que são diferentes, anormais e revoltados com a vida e com o mundo. Aprendem, que ser gay, é ser diferente, desprezível e ignóbil. Muitas famílias encaram a homossexualidade, como uma anormalidade, e o filho gay, torna-se a ovelha negra, o zero a esquerda, o mutante, o emblema de vergonha. E desta forma crescem, sendo vitimados pelos seus pares.


Ser gay é poder explorar as possibilidades de uma vida recheada de sonhos. Ser gay é também poder desenvolver uma espiritualidade, acreditar em um Deus de amor, louvá-lo pela existência e realizar orações. Ser gay é poder amar incondicionalmente um homem ou mulher, perdoa e agir com solidariedade e companheirismo. Ser Gay é ser capaz de olhar para si mesmo, e ver o quanto ser, um ser humano é belo. Ser gay é enfrentar os obstáculos, superá-los e crescer com cada adversidade, construindo possibilidades de sempre poder ser melhor. Ser gay é tolerar a indiferença dos indiferentes, compreender as limitações dos preconceituosos, agir racionalmente e dentro das legalidades. Ser gay, é ser um cidadão, que paga impostos e cumpre seus deveres sociais. Ser um cidadão gay, é poder demonstrar afetos livremente, amar, sorrir, divertir-se e apaixona-se.


Ninguém nasce homofóbico, pois homofobia se aprende, sexualidade não.


Silvano Sulzart

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