A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou nesta terça-feira um alerta para que as pessoas não substituam uma refeição pela chamada "ração humana" porque ela não tem todos os nutrientes necessários para uma alimentação saudável.
O produto, geralmente feito a partir de fibras e cereais, entre outros produtos, é vendido em mercados de todo o país.
A agência também vetou o nome "ração humana" nos rótulos, sob o argumento de que ele pode induzir o consumidor a pensar que o produto tem tudo o que alguém precisa comer.
"A substituição de refeições sem a orientação de profissionais de saúde pode gerar danos, como a anemia, devido à carência de nutrientes", afirma a diretora da Anvisa Maria Cecília Martins Brito. "O consumo de produtos com alto teor de fibras, como misturas de cereais, farinhas e farelos, deve estar inserido no contexto de uma alimentação diversificada e saudável", completou.
A Anvisa também proibiu que produtos do tipo digam no rótulo que têm propriedades medicinais, como redução de colesterol.
Estão liberadas frases que informem que o composto faz bem para a saúde (por exemplo, que melhora o funcionamento do intestino).
Mas, para isso, os fabricantes terão que pedir o registro do alimento na Anvisa e apresentar estudos que demonstrem essas características.
As empresas que atualmente vendem "ração humana" devem ser notificadas e receberão um prazo para cumprir a medida. Caso isso não ocorra, estão sujeitas a multa de até R$ 1,5 milhão.
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