30 de março de 2011
COMO FAZER AMIGOS E INFLUÊNCIA PESSOAS
28 de março de 2011
Faire de sa vie une histoire
27 de março de 2011
PUC - Celeiro de Produção Acadêmica no Brasil
PUC-SP supera 20 mil teses e dissertações e abre três novos cursos
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Curso de Metodologia Cientifica pela UFRB
Curso de Metodologia Cientifica pela UFRB
“A construção do conhecimento e do pensamento
científico no processo de aprendizado”
PROGRAMAÇÃO
Dia 02/04/2011 - Módulo I
8:00 às 12:00h - Fundamentos da Metodologia
Científica; Ciência e Tecnologia
Palestrante: Profa. Girlene Santos de Souza
(CCAAB/UFRB)
Dia 09/04/2011 - Módulo II
8:00 às 12:00 - Prática da leitura: conceito; formas;
o que e como estudar; tempo de dedicação; como
aprender; anotações: corridas, esquemáticas e
resumidas.
Palestrante: Prof. José Fernandes de M. Filho
(CCAAB/UFRB)
Dia 16/04/2011 - Módulo III
8:00 às 12:00h - Técnicas para elaboração de
slides, seminários e palestras.
Palestrante: Prof. Anacleto Ranulfo dos Santos
(CCAAB/UFRB)
Dia 30/04/2011 - Módulo IV
8:00 às 12:00 - Elaboração de Projetos de
Monografias; Normas da ABNT
Palestrante: Profa. Girlene Santos de Souza
Dia 07/05/2011 - Módulo V
8:00 às 12:00 – Redação Científica
Palestrante: Prof. Elvis Lima Vieira
(CCAAB/UFRB)
Inscrição: Núcleo Acadêmico – Sala 6- CCAAB
Período: 23 a 28/03/11
Horário: 8:00 às 12:00 h
Número de vagas: 20
Desde a morte do célebre escritor português, em 1935, mais de seis mil livros foram publicados sobre sua significativa obra, mas biografias só existem três
Da Redação
“Fernando Pessoa: uma quase autobiografia” (Record) é a mais completa obra de referência das muitas personas assumidas pelo poeta português. Seus heterônimos, muitos deles desconhecidos do grande público, revelam-se no livro de José Paulo Cavalcanti com riqueza de detalhes, apresentando a produção e as origens de cada um desses que habitaram o imaginário e a escrita de Fernando Pessoa. Desde a sua morte, em 1935, mais de seis mil livros foram publicados sobre a obra do escritor português, mas biografias só existem três (1950, publicada em Portugal; 1986, na Espanha, e 1996, na França), além de uma fotobiografia.
Fernando Pessoa morreu aos 47 anos e passou a maior parte deles em Lisboa. Sua vida, voltada inteiramente para a arte, despertou em Cavalcanti o desejo de reverberar versos como o de sua persona mais famosa, o poeta Álvaro de Campos: “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.” E foi com essa determinação que o escritor pernambucano dedicou os últimos 10 anos à vida e obra do poeta.
José Paulo Cavalcanti conheceu a obra de Fernando Pessoa em 1966; o primeiro poema que leu foi Tabacaria. “Foi o começo de uma paixão que até hoje me encanta e oprime”, confessa. “Tenho inclusive a sensação de que gostava dele ainda mais naquele tempo. Talvez porque todo começo de paixão seja assim mesmo, depois arrefece; ou então, como o rio de sua aldeia, ele apenas pertencesse a menos gente.”
Segundo o autor, à medida que mergulhava na obra de Pessoa, suas inquietações foram crescendo. Quem foi o homem Fernando Pessoa, como ele vivia, com quem se relacionava, quem foram as personas que ganharam vida com ele, para citar apenas algumas delas. Uma das grandes revelações do livro refere-se justamente aos heterônimos, que, segundo José Paulo Cavalcanti, são 127 (e não 67, como se acreditava até agora).
Mergulhado na vida do poeta, Cavalcanti foi compreendendo melhor aquele homem inquieto, suas angústias e a dimensão de sua obra. Em Lisboa, conversou com pessoas que o conheceram, tocou papéis escritos por ele, visitou as casas onde morou e, em frente à escrivaninha do seu quarto, chegou a imaginar que o via escrevendo O guardador de rebanhos.
“Na verdade, o que fiz foi escrever a biografia de Fernando Pessoa que eu gostaria de ler”, sorri José Paulo Cavalcanti, diante do livro pronto, fruto de oito anos de trabalho e cinco horas diárias de escrita, “sem falhar um dia”.
“Desde que comecei a me aprofundar no universo de Pessoa, fui colecionando dúvidas que não conseguia solucionar. Então resolvi fazer isso eu mesmo. Ocorre que foi o próprio Fernando Pessoa quem escreveu praticamente o livro todo. É mesmo uma (quase) autobiografia, como diz o título”, brinca, referindo-se às centenas de frases e citações do poeta, compiladas e utilizadas no texto, sempre com aspas. “O resto foram depoimentos de pessoas que conviveram com ele e apenas algumas contribuições minhas.”
O advogado pernambucano foi atrás de cada detalhe da obra para revelar o biografado. “Ninguém imagina que possa encontrar na rua, por total acaso, alguém que conviveu com Fernando Pessoa. Pois não é que eu encontrei?”, conta o autor. “Eu lia e pesquisava, lia e pesquisava. Toda vez que encontrava num poema qualquer referência, ia procurar para saber se aquele lugar, ou aquela pessoa, existia de fato. E era batata: existia mesmo. Acabei chegando à conclusão de que Fernando Pessoa foi o escritor mais sem imaginação com quem tive contato em toda minha vida. Ele viveu tudo o que escreveu, não inventou nadinha!”
José Paulo seguiu todos os rastros possíveis de Pessoa, homem de vida metódica e circunscrita a uns poucos quarteirões de Lisboa - a casa, o trabalho, os cafés que freqüentava. Mesmo assim, a faina de compor os detalhes e encontrar as respostas que procurava levou o autor a fazer, em média, cinco viagens por ano a Portugal, onde contratou os serviços de pesquisadores, historiadores, consultores e de um jornalista, para verificação dos fatos.
Em paralelo às pesquisas, José Paulo foi reunindo documentos e peças do acervo de Pessoa, adquiridos de parentes e até mesmo de uma sobrinha de Ofélia Queirós, a grande paixão do poeta. O resultado é um acervo que será talvez o maior reunido sobre o poeta, fora de Portugal. Parte desse acervo estará em exposição na exposição “Fernando Pessoa: plural como o Universo”, cuja inauguração coincide com o lançamento do livro, que vai acontecer em abril.
Ao longo de toda a obra, José Paulo Cavalcanti traduz e explica, para o leitor brasileiro, cada expressão portuguesa usada, tanto na obra de Pessoa como em depoimentos ou outros registros. “Tem gente que não concorda, mas eu acho essencial para que todo mundo possa entender exatamente o que Fernando Pessoa quis dizer, no caso dos poemas, e também o sentido exato de depoimentos e registros.”
O livro que chega é o registro desse encontro de vida inteira, sob ângulos completamente novos, pessoais mesmo. Se é o livro que Cavalcanti gostaria de ter lido, é também o livro que Fernando Pessoa escreveu ao longo da vida, sem perceber - e que José Paulo recolheu, cuidadosamente, pelos caminhos do tempo.
José Paulo Cavalcanti Filho é advogado no Recife, Consultor da Unesco e do Banco Mundial, ex-ministro da Justiça e imortal, ocupa a cadeira 27 da Academia Pernambucana de Letras. Na Editora Record, o autor publicou também Informação e poder e O mel e o fel. (com assessoria)
Fonte: Diário de Cuiába
Site: http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=390346
26 de março de 2011
Senado vai debater violência nas escolas
Senado vai debater violência nas escolas
A violência ocorrida em escolas ganha cada vez mais espaço no noticiário. Diariamente são mostradas imagens e relatos de estudantes e professores que denunciam acontecimentos que causam assombro na sociedade. Nos próximos dias, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza reunião onde os senadores devem apreciar o PLS 251/09, que autoriza o Executivo a criar o Sistema Nacional de Acompanhamento e Combate à Violência Escolar (Save).
Pelo projeto, o Save atuará em cinco áreas prioritárias: na produção de estudos, levantamentos e mapeamento de ocorrências de violência escolar; na sistematização e divulgação de medidas e soluções de gestão eficazes no combate a esse mal e também na promoção de programas educacionais e sociais voltados à formação de uma cultura de paz.
O sistema também prestará assessoramento às escolas instaladas em áreas consideradas violentas e apoio psicossocial a membros da comunidade escolar vítimas dessa violência - nas dependências de estabelecimentos de ensino ou em seu entorno.
Neste mês, a EDUFBA lança o livro Violência na escola: grito e silêncio, coordenado pelas especialistas Maria de Lourdes Soares Ornellas e Daniela Chaves Radel, com prefácio de Ivany Pinto Nascimento, doutora em Psicologia da Educação pela PUC de São Paulo. A obra, necessária como um instrumento de discussão para pais, professores e alunos que visam encontrar alternativas para o impasse que se apresenta na sociedade, vai ser lançada durante o "Lançamento Coletivo da EDUFBA", no próximo de 30, a partir das 17h30, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia, no Canela.
Para mais informações: http://www.edufba.ufba.br/2011/03/senado-debatera-publicacao-edufba/
24 de março de 2011
Bolsa de Mestrado
Bolsas de mestrado serão oferecidas a professores do ensino básico | |
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23 de março de 2011
III Semana de Educação de Jovens e Adultos: Educação ao longo da vida: planejamento de ensino, violência,idoso
Data: 10 e 11/05 – 08:00 às 18:00h na UEFS
Inscrição de trabalho 10/03 a 31/03 (grátis)
2 – Apresentação
Com o compromisso de apresentar à com unidade sugestões de enfrentamento às situações problemas,
como: implementação do “Projeto Educação de Jovens e Adultos: aprendizagem ao longo da vida” por trazer a inquietante questão do planejamento de ensino; violência no contexto escolar, especialmente nas classes do turno noturno; os descasos sofridos pelos idosos constatados pelo Conselho Municipal do Idoso. Todos esses aspectos nos levam a pensar a III Semana de Educação de Jovens e Adultos.
1 – Planejamento de ensino na Educação de Jovens, Adultos e Idosos
Essa sala temática visa uma discussão sobre o planejamento de ensino em suas diversas nuanças. A
reflexão crítica sobre a prática pedagógica e/ou educativa. O que o (a) educando (a) da EJA precisa efetivamente conhecer/aprender mais na Educação Básica e em que medida esses conhecimentos podem contribuir para a compreensão e melhoria da vida em sociedade. Os conteúdos e a avaliação da/na EJA.
2 – Violência escolar
Essa sala temática visa uma discussão sobre a violência escolar em suas diferentes abordagens. Agrega
estudos conceituais, diagnósticos e propositivos. Visa enfocar as violências: simbólicas, físicas, morais,
psicológicas, sexuais.
3 – Idoso
Essa sala temática trata as questões relacionadas ao ser idoso na sociedade brasileira. As políticas públicas
para esse segmento populacional. Os aspectos da saúde do idoso; as atividades físicas e sociais, a educação, os relatos de trajetórias; lembranças e memórias; os dramas sociais; a observância do estatuto do idoso. As relações intergeracionais.
4 - Educação ao longo da vida
Essa sala temática tem “a educação ao longo da vida” como premissa para a humanidade, por ser uma
construção contínua da pessoa humana, dos seus saberes e aptidões, da sua capacidade de discernir e agir. As diversas interfaces de aprendizagem humana desde a sua concepção até a finitude da vida podem ser abordadas.
Período de inscrições:
10/03/2011 a 31/03/2011 (para apresentação de trabalho)
11 a 23/04/2011 (como ouvinte)
15/04/2011 (divulgação dos trabalhos aprovados)
Locais de inscrições: Colegiado de Pedagogia
Inscrições gratuitas
Público alvo: Estudantes de EJA, Graduação, Pós-Graduação, Professores, Coordenadores Pedagógicos,
pessoas interessadas na temática.
e-mail: inscricoes3seja@hotmail.com
Contato: (75) 3224-8078
22 de março de 2011
Seminário socializa em Valença experiências de estágio em pedagogia
Para participar do evento, franqueado ao público externo e promovido pelo colegiado do curso de pedagogia do campus, não há necessidade de se realizar inscrição prévia.
A realização do seminário, explica Silvia Benevides, diretora do Departamento de Educação (DEDC) local, é uma forma de compartilhar com a sociedade as práticas acadêmicas que estão sendo desenvolvidas pelo campus.
Com o objetivo de suscitar discussões e reflexões acerca da identidade profissional do pedagogo, serão apresentadas experiências de estágios realizadas pelos discentes do curso, considerando os limites, desafios e possibilidades da educação formal e não-formal.
Informações: DEDC/Campus XV – tel. (75) 3641-0599.
Fonte: Site na UNEB
http://www.uneb.br/2011/03/21/seminario-socializa-experiencias-de-estagio-em-valenca/
Produto final de um professor após 25 anos de serviços prestados ...
Convidamos V. Sa. para participar da III Semana de Jovens e Adultos com a apresentação de trabalho. As inscrições estão abertas conforme calendário abaixo:
Período de inscrições:
10/03/2011 a 31/03/2011 (para apresentação de trabalho)
11 a 23/04/2011 (como ouvinte)
15/04/2011 (como ouvinte)
Locais de inscrições: Colegiado de Pedagogia
e-mail: inscricoes3seja@hotmail.com
contato: (75) 3224-8078
Apresentação
Com o compromisso de apresentar à comunidade sugestões de enfrentamento às situações problemas, como: implementação do “Projeto Educação de Jovens e Adultos: aprendizagem ao longo da vida” por trazer a inquietante questão do planejamento de ensino; violência no contexto escolar, especialmente nas classes do turno noturno; os descasos sofridos pelos idosos constatados pelo Conselho Municipal do Idoso. Todos esses aspectos nos levam a pensar a III Semana de Educação de Jovens e Adultos.
Para a execução desta Semana propomos conferência, mesa redonda, oficinas e comunicação oral que segue a seguintes normas de apresentação de trabalho a ser publicado.
NORMAS DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHO
Seguir as normas da ABNT na elaboração de artigo científico (introdução, objeto de estudo, objetivos, metodologia, teóricos, resultados e conclusão).
O artigo será apresentado com um resumo de 250 palavras no máximo, no editor de texto Word for Windows, versão Word 97-2003, em papel A4, margens 2 cm, fonte calibre, tamanho 10, espaçamento simples, três palavras-chave, a complementação do artigo deverá ter no mínimo 8 (oito) páginas e no máximo 10 (dez) páginas, com espaçamento 1,5. Toda a produção deve ter alinhamento justificado. No cabeçalho acima do resumo deverá constar o título (em maiúsculo e negrito), o nome completo do autor com sobrenome em negrito, titulação, e-mail e filiação institucional. Cada trabalho poderá ter no máximo três autores. Enviar por e-mail sem PDF para que possa ser inserido na produção dos Anais. A revisão gramatical é de inteira responsabilidade do (s) autor (es).
O (s) autor (es) deve (m) indicar a sala temática em que gostaria de apresentar o trabalho:
1 – Planejamento de ensino na Educação de Jovens, Adultos e Idosos
Essa sala temática visa uma discussão sobre o planejamento de ensino em suas diversas nuanças. A reflexão crítica sobre a prática pedagógica e/ou educativa. O que o (a) educando (a) da EJA precisa efetivamente conhecer/aprender mais na Educação Básica e em que medida esses conhecimentos podem contribuir para a compreensão e melhoria da vida em sociedade. Os conteúdos e a avaliação da/na EJA.
2 – Violência escolar
Essa sala temática visa uma discussão sobre a violência escolar em suas diferentes abordagens. Agrega estudos conceituais, diagnósticos e propositivos. Visa enfocar as violências: simbólicas, físicas, morais, psicológicas, sexuais.
3 – Idoso
Essa sala temática trata as questões relacionadas ao ser idoso na sociedade brasileira. As políticas públicas para esse segmento populacional. Os aspectos da saúde do idoso; as atividades físicas e sociais, a educação, os relatos de trajetórias; lembranças e memórias; os dramas sociais; a observância do estatuto do idoso. As relações intergeracionais.
4 - Educação ao longo da vida
Essa sala temática tem “a educação ao longo da vida” como premissa para a humanidade, Por ser uma construção contínua da pessoa humana, dos seus saberes e aptidões, da sua capacidade de discernir e agir. As diversas interfaces de aprendizagem humana desde a sua concepção até a finitude da vida podem ser abordadas.
4 – Objetivos
Discutir a proposta EJA – Educação de Jovens e Adultos: aprendizagem ao longo da vida, uma política de EJA da Rede Estadual, a violência no contexto escolar e o processo de envelhecimento da população baiana;
Analisar os avanços e os entraves para o sucesso da proposta de educação de jovens e adultos da Secretaria da Educação do Estado da Bahia;
Apresentar as ações desenvolvidas pelo Conselho Municipal do Idoso e desencadear o processo de valorização do idoso;
Identificar os tipos de violências mais freqüentes no contexto escolar no turno noturno.
3 de março de 2011
EDUCAÇÃO DO CAMPO: MEMÓRIAS E NARRATIVAS
EDUCAÇÃO DO CAMPO: MEMÓRIAS E NARRATIVAS
A educação do campo como instrumento de formação do individuo, precisa mobilizar a permanência do mesmo em seu local de origem de forma sustentável transformando numa condição indispensável para enfrentar os desafios do mundo globalizado. No contexto da educação do campo a escola passa a ser reconhecida como espaço de reflexão da realidade da comunidade local de seu trabalho, suas linguagens, formas de vida e, sobretudo de seu desenvolvimento humano e social. A escuta e o registro das vozes nos processos formativos e de escolarização possibilita rememorar e compartilhar experiências e potencializar práticas no campo pedagógico, ético e político.
Pensar nas narrativas e memórias da Educação do Campo é importante, pois tomar conhecimento dos desafios que a Educação do Campo enfrentou e tem enfrentado, como também romper com o imaginário de que, para viver na “roça”, não há necessidade de amplos conhecimentos socializados pela escola. A Educação do Campo precisa de valorização de investimento, de pesquisa e de políticas públicas, dando enfoque a diversidade de opções de vida, de produção, de consumo e cultura que ao longo dos anos foram deixados de lados pelas autoridades.
Leite afirma que,
A educação rural no Brasil, por motivos sócio-culturais, sempre foi relegada a planos inferiores e teve por retaguarda ideológica o elitismo acentuado do processo educacional aqui instalado pelos jesuítas e a interpretação político-ideológica da oligarquia agrária, conhecida popularmente na expressão: “gente da roça não carece de estudos. Isso é coisa de gente da cidade”. (LEITE, 1999, p. 14):
A Escola do Campo apresenta elementos que necessitam de estudo e pesquisa, como: a sua democratização, a resistência e a renovação das lutas e dos espaços físicos, assim como as questões ambientais, políticas, de poder, cientificas, tecnológicas, sociais, culturais e econômicas que são vivenciadas neste espaço.
Para Arroyo (2001) Olha-se para a Escola do campo hoje, com um olhar onde se desconsidera a memória e as tradições, que devem ser valorizadas e atualizadas no presente, conferindo qualidade às classes multisseriadas brasileiras, tornando o ensino nelas desenvolvido de igual, ou melhor, qualidade do que o das classes seriadas: desafio pretensioso, mas possível.
Desta forma as narrativas, tal qual os lugares da memória, são instrumentos importantes de preservação e transmissão das heranças identitárias e das tradições. Narrativas sob a forma de registros orais ou escritos são caracterizadas pelo movimento peculiar à arte de contar, de traduzir em palavras as reminiscências da memória e a consciência da memória no tempo. As narrativas e memórias, são peculiares, incorporam dimensões matérias, sociais, simbólicas e imaginárias. Plenas de dimensão temporal, e tem na experiência sua principal fonte (BENJAMIN, 1994, p. 98).
Josso (2004) salienta que a escrita narrativa funciona num primeiro plano na perspectiva das competências verbais e intelectuais, porque faz o sujeito entrar em contato com suas lembranças e evocar as “recordações-referências” que esteja implicado com o tema conhecimento de si e formação; fazendo com que este revele o que “aprendeu experiencialmente nas circunstâncias da vida” (JOSSO, 2004: 31). Desta forma a educação desenvolvida nos meios rurais torna-se objeto de discussão dos sujeitos que a compõem,nas narrativas e memórias dos educadores e camponeses, diferentemente de outros momentos, em que a educação rural era objeto de discussão dissociada dos sujeitos sociais que nela atuam.
As narrativas e memórias, são importantes como estilo de transmissão, de geração para geração, das experiências mais simples da vida cotidiana e dos grandes eventos que marcaram da História da humanidade. Para Todorov (1999, p. 26-7) os conceitos e significados da memória são vários, pois a memória não se reduz ao ato de recordar.
Le Golff (1990), afirma que as memórias revelam os fundamentos da existência, fazendo com que a experiência existencial, através da narrativa, integre-se ao cotidiano fornecendo-lhe significado e evitando, dessa forma, que a humanidade perca raízes, lastros e identidades. Segundo Caldart (2000), no contexto histórico da escola do campo, hoje há a necessidade de estruturá-la a partir de uma lógica de desenvolvimento que privilegie o ser humano na sua integralidade de volta ao processo produtivo com justiça, bem estar social e econômico.
Margarida Neves (1998) afirma que,
“O conceito de memória é crucial porque na memória se cruzam passado, presente e futuro; temporalidades e espacialidades; monumentalização e documentação; dimensões materiais e simbólicas; identidades e projetos. É crucial porque na memória se entrecruzam a lembrança e o esquecimento; o pessoal e o coletivo; o individuo e a sociedade, o público e o privado; o sagrado e o profano. Crucial porque na memória se entrelaçam registro e invenção; fidelidade e mobilidade; dado e construção; história e ficção; revelação e ocultação.” (NEVES, 1998, p. 218)
Segundo Júlio Pimentel Pinto (1998) “a memória é esse lugar de refúgio,meio história, meio ficção, universo marginal que permite a manifestação continuamente atualizada do passado” (PINTO, 1998, p. 307). Dessa forma, o conceito de memória não é homogêneo e conforma-se por múltiplos significados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
ARELANO, Lisete R. G. A pedagogia da terra: novos ventos da Universidade. In:KRUPPA, Sonia M. Portella(org.). Economia Solidária e Educação de Jovens e Adultos. Inep/MEC. Brasília, DF, 2005.
ARROYO, M. As relações sociais na escola e a formação do trabalhador. São Paulo: Xamã, 1999.
ARROYO, Miguel Gonzáles Galdart, Rosali Salete Galdart, Molina, Mônica Castanga (org). Por uma Educação do Campo: Pretóplolis, RJ: Vozes, 2004.
BAPTISTA, Francisca Maria Carneiro; BAPTISTA, Naidison de Quintella (orgs.).Educação rural: sustentabilidade do campo. Feira de Santana, BA: MOC; UFES:(Pernambuco): SERTA, 2003.
BOBBIO, Noberto. O Tempo da memória. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
BOSI, Alfredo (org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
CALDART, Roseli Salete. Pedagogia do Movimento Sem Terra: escola é mais do que escola. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2000.
CATANI, Denice. Lembrar, narrar, escrever: memória e autobiografia em história da educação e em processos de formação. In: BARBOSA, Raquel Lazzari Leite (Org.) – Formação de educadores: desafios e perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 2003, pp. 119/130.
BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Diário Oficial da União: 23 de dezembro de 1996, seção I, p.27839.
BRASIL. Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação Básica. Diretrizes Operacionais para a educação básica nas escolas do campo, Resolução nº. 3 de abril de 2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação continuada, Alfabetização e Diversidade. Programa Escola Ativa – Orientações Pedagógicas para a formação de educadores e educadoras. SECAD/MEC, Brasília, 2009.
JOSSO, M.C. Experiência de vida e formação. Cortez São Paulo. 2004.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Editora da UNICAMP, 1990.
MATTOS, Ilmar Rohloff (org.). Ler e escrever para contar: documentação,
historiografia e formação do historiador. Rio de Janeiro: Access, 1998.
MENDONÇA, S. Agronomia e Poder no Brasil. Rio de Janeiro: Vício de Leitura, 1999.
NEVES, Margarida de Souza. História e Memória: os jogos da memória. In:FERREIRA, Marieta Morais. História do Tempo Presente: desafios. Cultura Vozes v. 94, n. 3. Petrópolis: Vozes, 2000.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 18ª ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica - Guia para eficiência nos estudos.Atlas.1979.
SCHALLER, Jean Jacques. Lugares aprendentes e a inteligência coletiva: rumo à constituição de um mundo comum. IN: Auto Biografia: Formação, territórios e saberes. SOUZA, Eliseu Clementino e PASSEGGI, Maria da Conceição. Natal, RN: EDUFRN, São Paulo: PAULUS, 2008.
SOUZA, Elizeu Clementino de; MIGNOT, Ana Chrytina Venancio Histórias de Vida e formação de professores. Quartrtet.Rio de Janeiro. 2008.