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21 de julho de 2011

Número de formandos em Licenciatura aumentou nos últimos anos



Quando se pergunta a um adolescente que carreira ele pretende seguir, muitos dizem que gostariam de ser professores, mas estão em dúvida. A baixa remuneração e a desvalorização da profissão acabam fazendo com que parte deles mude de ideia pelo meio do caminho. Apesar disso, o Ministério da Educação vem atuando para transformar o cenário de desprestígio da carreira docente e investindo cada vez mais na educação do país.
 
Segundo dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o orçamento destinado à formação e especialização de professores em todo o país aumentou bastante. Em 2004 o valor total foi de aproximadamente R$ 600 milhões. Já em 2010, esse valor passou para R$ 2 bilhões e para 2011 a previsão é de que chegue a R$ 3 bilhões.

Os dados do último Censo da Educação Superior, realizado pelo INEP/MEC em 2009, também trazem um panorama positivo. O número de formandos em Licenciatura aumentou consideravelmente: passou de 133 mil, em 2002, para 241 mil, em 2009. “É uma prova de que aquela concepção negativa vem mudando e que as pessoas estão acreditando, valorizando e investindo na formação de professor. É uma complexa e incomensurável tarefa, mas o governo está focado nesse objetivo”, afirma Helena Freitas, assessora da Secretaria de Educação Básica do MEC.

Um outro ponto importante sinalizado por Helena são as ações do ministério junto às universidades públicas com o intuito de aproximar a escola da universidade e vice-versa. Entre as iniciativas destacadas por ela estão o Programa de Incentivo e Bolsas de Iniciação à Docência, onde os graduandos podem logo no início do curso ter um contato direto com a realidade das escolas básicas; o Observatório da Educação, esse mais voltado para o âmbito da pesquisa e que atende a alunos de Licenciatura e professores de escolas públicas; além do Prodocência, um programa de consolidação das licenciaturas que tem por objetivo elevar a qualidade da educação superior, formular novas estratégias de desenvolvimento e modernização do ensino no país, dinamizar os cursos de licenciatura e oferecer formação acadêmica, científica e técnica aos docentes.

O Plano Nacional de Educação (PNE) para a década 2011-2020 também contempla esse contexto de melhora. No artigo 2º fala sobre as diretrizes do PNE, na qual inclui textualmente a questão da valorização dos profissionais de educação. Já entre as 20 metas propostas estão alguns pontos fundamentais para que ocorra de fato essa tão sonhada valorização, como por exemplo, elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50%, assegurar a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino e formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e strictu sensu, garantindo a todos a formação continuada em sua área de atuação.
Para Helena, os números crescentes do setor comprovam o engajamento do governo na questão da melhoria da educação e são um sinal de que a sociedade vem percebendo isso: “Não é de uma hora para outra que se resolve anos de problemas. É claro que demora até chegarmos a uma situação ideal, mas apesar de lento, é um processo contínuo e irreversível.”
Profissionais de nível superior formados que optaram por Licenciatura nas áreas de:

Biologia: 9.089
Filosofia: 1.674
Física: 1.364
Geografia: 5.395
História: 9.031
Letras: 4.028
Matemática: 9.278
Química: 2.709
Ciências Sociais: 416 (Globo.com, 13/07/11)

Fonte: Site do CNTE

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