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1 de julho de 2011

Em busca de novos aprendizados, conquistas e aventuras: uma reflexão


Aprender é uma experiência maravilhosa. Compartilhar saberes também. Para aprender precisamos usar da humildade, nos colocarmos na condição de discípulo, de quem deseja ouvir o mestre, de quem almeja chegar ao nível intelectual do mestre e quem sabe ser sábio como ele. O sábio tem suas verdades e o discípulo também. Ouvir certas verdades, a vezes parece nos incomodar, porém o pior de tudo é quando certas “verdades” estão mascaradas.

Vejam esta história da Parábola e da Verdade. 

A Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome. E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas. 

Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.  Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.

     — Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.

     — Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada Parábola.

     — Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece. Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.

 Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na disfarçada. 

Assistir estes dias as sábias palavras de Rubem Alves, fiquei encantado com sua sapiência. O mesmo já afirmava, “Educação é isto: o processo pelo qual os nossos corpos vão ficando iguais às palavras que nos ensinam. Eu não sou eu: eu sou as palavras que os outros plantaram em mim”.

Rubem Alves - Silvano Sulzart

Cada pessoa que passou e que passa em minha vida, deixa uma semente em meu ser. Aqui aprendo a ser compromissado, aqui aprendo a ouvir, aqui aprendo a ser estudante, a ter inocência, silenciando-me, aquietando-me para poder não só ouvir as palavras, mas sentir o cheiro, a cor e o sabor do aprender. Quero conhecimento. Não são todos que conseguem fazer isso. Uma boa escuta, no mundo contemporâneo requer a humildade de ouvir.

Dídima Maria, minha mestra querida, enviou-me  um e-mail que me fez perder o sono. "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."  " Fernando Pessoa"

Segundo Paulo Freire estudar e aprender é, realmente um trabalho difícil. Exige de quem o faz uma postura crítica sistemática. Exige disciplina intelectual que ano se ganha a não ser praticando-a. A mudança vem com a ressignificação das práticas, com a reflexibilidade.

È preciso dedicação e compromisso consigo mesmo. Esforço, leitura, postura de pesquisador e investigador. Isto é, precisamente, o que a “educação bancária” não estimula. Pelo contrário, sua tônica reside fundamentalmente em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade.Ficamos com medos das travessias e dos desafios.

Leitura e conhecimento andam juntos.Coragem e desafios também, assim como o medo e a insegurança.Precisamos esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares, criar e projetar novas possibilidades de aprendizagem e crescimento.

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