CAMPINAS - A Prefeitura de Sumaré, no interior de São Paulo, afastou do
cargo a professora que teria sugerido, em um bilhete, que os pais de um
aluno da Escola Municipal José de Anchieta dessem "cintadas" e "varadas"
no estudante de 12 anos, para educá-lo.
Por meio de nota, a Secretaria de Educação informou que a professora ficará afastada por até 90 dias, prazo legal no qual será realizada uma sindicância para apurar o caso. O prazo pode ser prorrogado por mais 90 dias. A educadora, bem como os pais do aluno e a direção da escola serão ouvidos.
Segundo disse o pai do menino, André Luis Ferreira Lima, de 29 anos, o bilhete foi enviado no dia 12 de junho a ele e à esposa. No texto, a professora de português sugeriu: "Quer conversar com o seu filho? Se a conversa não resolver. Acho que umas cintada vai resolver. (sic) Porque não é possível que um garoto desse tamanho e idade, não consiga evitar encrecas (sic). Esqueça tudo que esses psicólogos fajutos dizem e parta para as varadas".
Após procurarem a direção da escola e enviarem a psicóloga do garoto para conversar com os professores, os pais disseram não ter conseguido nenhum retorno dos educadores e, então, enviaram o bilhete à afiliada da Rede Globo em Campinas.
Segundo Lima, o filho - em tratamento após passar por diversos médicos por problemas de déficit de aprendizado - sofre bullying há ao menos dois anos. "A professora fala na frente dos outros alunos que ele tem problema na cabeça, que ele tem doença mental", disse.
A Prefeitura informou que a professora teria encaminhado o bilhete aos pais sem consentimento da direção da escola. Também informou que ofereceu acompanhamento psicológico para a educadora. A professora não foi dar aulas nesta terça-feira.
Por meio de nota, a Secretaria de Educação informou que a professora ficará afastada por até 90 dias, prazo legal no qual será realizada uma sindicância para apurar o caso. O prazo pode ser prorrogado por mais 90 dias. A educadora, bem como os pais do aluno e a direção da escola serão ouvidos.
Segundo disse o pai do menino, André Luis Ferreira Lima, de 29 anos, o bilhete foi enviado no dia 12 de junho a ele e à esposa. No texto, a professora de português sugeriu: "Quer conversar com o seu filho? Se a conversa não resolver. Acho que umas cintada vai resolver. (sic) Porque não é possível que um garoto desse tamanho e idade, não consiga evitar encrecas (sic). Esqueça tudo que esses psicólogos fajutos dizem e parta para as varadas".
Após procurarem a direção da escola e enviarem a psicóloga do garoto para conversar com os professores, os pais disseram não ter conseguido nenhum retorno dos educadores e, então, enviaram o bilhete à afiliada da Rede Globo em Campinas.
Segundo Lima, o filho - em tratamento após passar por diversos médicos por problemas de déficit de aprendizado - sofre bullying há ao menos dois anos. "A professora fala na frente dos outros alunos que ele tem problema na cabeça, que ele tem doença mental", disse.
A Prefeitura informou que a professora teria encaminhado o bilhete aos pais sem consentimento da direção da escola. Também informou que ofereceu acompanhamento psicológico para a educadora. A professora não foi dar aulas nesta terça-feira.
Meu Comentário
Trabalhar com a indisciplina na Escola, é
um trabalho difícil e complicado.Fica na teoria só não vai revolver muitas
coisas, e olhar a criança que tem um comportamento indisciplinado de forma pragmática
é pior ainda. Precisamos como educadores, realizar antes de tudo uma autoanálise,
sobre nossas práticas e sobre o contexto histórico social desta criança, para
que em situações de indisciplina, não agirmos de forma agressiva e violenta
também. Neste caso, precisamos pensar no contexto. É necessário que existam os
limites, porém o dialogo é essencial com o aluno, com o professore e com os
seus responsáveis.Escutar, ouvir o silencia. Dialogar.
Como coordenador de uma escola publica, vivencio
cotidianamente situações de agressões e violência no ambiente escolar.São
muitas queixas de professores e de colegas de classe. Todos na escola precisam
se unir contra o comportamento indisciplinado. Todos educam no ambiente
escolar: o porteiro, a merendeira, o zelador, a auxiliar de classe, a
professora, o coordenador. Todos devem combater todo e qualquer tipo de
violência e descriminação, no ato. Chamar a atenção, reclamar, mostrar que esta
atento, e que não gostou, informar a direção. Quem observa qualquer ato de
violência e descriminação no ambiente escolar e ignora, esta colaborando para
que a violência se propague na escola. O professor deve tomar muito cuidado com
as meditas tomadas de forma isolada. Os casos devem ser em caminhados a
direção/coordenação para que todos juntos possam pensar na melhor forma de
lidar com as situações. É preciso que a criança entenda que o que estamos
repudiando é o ato de violência e agressão, e não transferir a nossa raiva momentânea
para a criança.A criança precisa ser protegida e ajudada a agir de forma
disciplinada. Educação e escola não se faz sozinho, se faz em grupo. Como
afirma João
Cabral de Melo Neto no poema Tecendo a Manhã.
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
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