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20 de maio de 2011

Alfabetização: Método Global e Fônico


ALFABETIZAÇÃO: Método Fônico

“Aprender a ler requer uma escola e uma instrução adquirida e depende essencialmente de uma conquista crucial pelo educando que é a compreensão alcançada com a mediação de leitores proficientes, do princípio subjacente ao código alfabético... A comunidade da Educação deve considerar e recorrer aos trabalhos científicos sobre a leitura”. (Observatoire National de La Lecture). Este livro torna disponível, para a educação brasileira, procedimentos avançados e eficazes para promover a alfabetização que resultam dos mais recentes desenvolvimentos da pesquisa internacional na área da aquisição de leitura e escrita, com colaboração do Instituto de Psicologia da USP e professores da 1º série do ensino fundamental de escolas públicas. As atividades resultam de mais de uma década de pesquisas científicas rigorosas no mundo, inclusive no Brasil, com resultados eficazes em produzir aquisição de leitura e escrita competentes, diminuindo de modo marcante os elevados índices de problemas apresentados pelas crianças brasileiras. A educação brasileira passa atualmente por uma crise severa sem precedentes, no desempenho dos alunos do ensino fundamental e ensino médio. E cabe aos pesquisadores e educadores, iniciar um esforço cooperativo intensivo de análise comparativa das práticas nacionais e internacionais, para buscar explicações claras e soluções efetivas.

É evidente que as condições sociais e econômicas adversas da população brasileira afetam o desempenho de nossas crianças. Mas os educadores têm a atribuição e o dever de procurar fazer o melhor e buscar soluções educacionais para o fracasso escolar. Boa parte do esforço do verdadeiro educador diz respeito à busca de um método apropriado, mas infelizmente tem autoridades governamentais brasileiras em educação, impondo políticas falhas e métodos mal testados, limitando a autonomia dos educadores de fazer suas próprias descobertas a partir de experimentos. Segundo Piaget existem 4 razões para tal situação:A falta de autonomia dos professores que são obrigados a seguir diretrizes e programas ditados por autoridades oficiais que se dedicam apenas às atividades administrativas.A falta de condução de pesquisas pelos próprios professores que têm pouco contato com a prática de pesquisa durante a sua formação e ao longo da sua profissão, não têm autonomia para comparar sistematicamente a eficácia de diferentes procedimentos de ensino.

A pedagogia não consegue formar uma elite de pesquisadores capazes de fazer dela uma disciplina cientifica e viva e um dos fatores e o pouco prestigio intelectual, comparado a qualquer outro profissional. E com isto afirma que se esquecem de que o ensino tem 3 problemas centrais que somente com a ajuda do professor pode ser resolvido:Traçar o objetivo do ensino: adquirir conhecimentos, aprender a aprender, aprender a verificar, aprender a inovar;Definir os ramos necessários para alcançá-lo: a cultura, o raciocínio, a experimentação; Escolhidos os ramos, traçar os métodos mais adequados.

Há mais de 30 anos Piaget já criticava a situação de falta de pesquisa em pedagogia e de submissão dos professores a parâmetros Curriculares ditados por burocratas do Estado que não fazem e não leva em conta a pesquisa. Mas estas críticas surgiram efeito em outros países desenvolvidos, já que os parâmetros curriculares foram estabelecidos a partir de dados de pesquisa experimental sendo que uma parte foi coletada pelos próprios professores. Tal pesquisa diz respeito a como se deve alfabetizar, pelo método global ou pelo método fônico. A diferença é simples:

Método Global – a alfabetização deve ser feita diretamente a partir de textos complexos, logo no inicio da alfabetização, antes da criança ter tido chance de aprender a decodificar e a codificar, pois não existe um ensino explícito e sistemático das correspondências grafema-fonema, a criança percebe sozinha;

Método Fônico – o texto deve ser introduzido de modo gradual, com complexidade crescente, à medida que a criança adquirir uma boa habilidade de fazer decodificação grafofonêmica fluente, depois que ela tiver recebido instruções explícitas e sistemáticas de consciência fonológica e de correspondência entre grafemas e fonemas.

Os resultados do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) deixam claro que os países que adotam ensino fônico produzem jovens com maior competência de leitura, seguidos pelos países que adotam métodos não puramente fônicos, mas mistos e nas últimas posições, os paises que seguem o construtivismo.

Segundo pesquisas divulgadas pelo PISA o Brasil ocupou a escandalosa posição de último lugar do mundo. Os governantes no Brasil atribuem este resultado à repetência, mas não é, sim o desempenho pobre que gera a repetência e a manutenção dos erros que têm levado a esse desempenho pobre. O sistema de progressão continuada só vai agravar o fracasso. Os resultados da pesquisa internacional (PISA) e nacional (Saeb e Enem) são unânimes em comprovar a incompetência da política de ensino no Brasil.

As autoridades chamadas a prestar contas das quedas sistemáticas nos desempenhos dos alunos do ensino fundamental usam argumentos como: “A incorporação de um aluno mais carente ao sistema de ensino contribui para a queda na qualidade”; “Os pais deveriam desempenhar um papel mais ativo na educação de seus filhos”; “As escolas têm dificuldades em adotar práticas interativas”. Observamos que o baixo desempenho dos alunos é atribuído às condições devidas nas cidades brasileiras, à carência econômica, à falta de participação do país e à falta de “interatividade” das escolas, será que essas “causas” seriam as mesmas descobertas pelos pesquisadores sérios do Brasil e do exterior?




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