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8 de maio de 2011

Escola transforma crianças em pequenos críticos literários

Depois de muitas noticias que desvalorizam o professor e marginaliza a escola, penso que na escola podemos fazer a diferença. Muitas das vezes a mídia só informa parte da situação, como recentemente os sites e as Redes Sociais só falavam da escola, como centro da violência, do Bullying e que os professores não sabem fazer isso ou aquilo, porém poucas são as reportagens que dizem que os professores ganham pouco, e que mesmo sem condições de trabalho realizam muito. Poucas são as matérias que apresentam os excelentes trabalhos realizados pelos docentes em todo o Brasil.


Vejam esta matéria, que trabalho brilhante...



Apresentar a escrita como algo prazeroso é um desafio para os educadores, especialmente numa período em que muitas crianças e jovens conseguem se comunicar com apenas os 140 caracteres do microblog Twitter. Na aula da professora Daniela Dezordi, do Colégio Vera Cruz, de São Paulo, além de aprender a gostar de escrever, as crianças se tornam críticos literários. 

Há cinco anos, os alunos do 1º ano do ensino fundamental da escola produzem um catálogo de livros, com resenhas escritas por eles mesmos. É uma produção que dura meses, e em que se debate sobre as obras que mais gostaram de ler e que gostariam de indicar para os colegas. Quando a classe decide a lista de livros, cada um faz uma resenha. 

"Faz toda a diferença eles saberem o motivo do trabalho, que no final sai uma publicação", diz Daniela. Os catálogos são trocados entre as turmas, e todos podem conferir as indicações. "Quando os livros chegam, eles estão curiosos para ver o que indicaram, mas também para ler os que os outros sugeriram", orgulha-se a educadora. Com o catálogo em punho, os pequenos participam do Sábado Literário, uma feira de livros que acontece anualmente na escola. 

Para Márcia Fortunato, coordenadora do curso de pós-graduação de Formação de Escritores, do Instituto Superior de Educação Vera Cruz, de São Paulo, o segredo está em apresentar às crianças a utilidade do texto. 

"No dia-a-dia, escrevemos para executar tarefas, como fazer a lista do supermercado", diz. Assim, o que se escreve na escola também deve se aproximar a essas ações rotineiras, para que os estudantes tenham uma motivação real na hora de segurar o lápis. "Senão se mantém uma ideia de que se escreve para o professor ler e corrigir, em vez de para se comunicar. A função social se perde", afirma Márcia. 

É importante ensinar, por exemplo, os tipos de gêneros que existem para mostrar o melhor uso de cada um, dependendo do objetivo do escritor. "Escrevemos para muitas finalidades. Desde para fazer um requerimento burocrático até para convidar alguém por e-mail para jantar", afirma. Segundo Márcia, o aluno deve aprender as diferenças entre eles na prática. O professor precisa saber explicar que conteúdo, que público e que estrutura textual estão relacionados com cada gênero. 

Assim, a especialista vê com reprovação o ensino indiscriminado da dissertação nos colégios. "O aluno pode aprender a argumentar, mas não é um texto que será usado socialmente, porque ele só existe nesse formato dentro do ambiente escolar. Você aprende com ele, mas não lhe faz escritor", afirma. A dissertação pode ser um primeiro passo para aprender a escrever artigos, garante a educadora. 

Para envolver a criança em uma situação de escrita, é possível também tomar acontecimentos importantes e fazer dos alunos pequenos repórteres. O professor precisa ter um "gancho", como o terremoto no Japão. Aí podem surgir atividades relacionadas ao tema, como produzir textos sobre esse país e sobre fenômenos naturais. Toda a produção pode ser compilada em uma revista ou em um mural para se colocar no colégio. "Também se pode basear nas reportagens dos jornais e pedir para que os próprios jovens façam matérias, entrevistando descendentes de japoneses, por exemplo", aconselha a professora.

 Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5094413-EI8266,00-Escola+transforma+criancas+em+pequenos+criticos+literarios.html


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