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31 de maio de 2011

Greve na UNEB, UEFS, UESC e UESB Continua: O que esta acontecendo? As Vozes dos professores

 

Pensar em uma educação de qualidade sem valorização do corpo docente, é de fato marginalizar a educação pública. Educação de qualidade perpassa também pela formação do educador, que precisa se aperfeiçoar e buscar novas metodologias de trabalho além de dedica-se aos estudos e  pesquisas.
 
Como fazer educação sem pesquisa? Como desenvolver o senso crítico e formar novos profissionais sem a refletividade da prática? Como buscar qualificação sem investimentos? Que educação queremos com tatos vetos, ditos econômicos. Eles vão cortando tudo, vão tirando tudo aos poucos, até vetarem o direito de fala e de manifestação dos educadores, e  farão isso através de decreto.

 

 

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO

        Cada vez mais fica patente que o Governo do Estado da Bahia mantém a sua política de descaso com a Educação Superior, e quem sofre com os efeitos dessa nefasta política, somos nós estudantes das Universidades Estaduais da Bahia [UEBAs]. Devido à greve que foi deflagrada no início de abril pelos docentes das UEBAs, aproximadamente 60 mil estudantes ficaram sem aula, enfrentando o problema da paralisação de todas as atividades desenvolvidas nas quatro Universidades públicas da Bahia – UNEB, UEFS, UESC e UESB.
            No que tange aos estudantes da UNEB-Campus XIII, Itaberaba, ressaltamos que estamos sendo afetados diretamente por essa greve, já que devido a esta paralisação, vários discentes que se encontravam em sala de aula realizando suas atividades de estágio nas escolas do nosso município, tiveram que interrompê-las e terão suas atividades invalidadas por falta de acompanhamento do professor orientador, o que, sem dúvida, implica em atraso na conclusão do Curso e na saída dos estudantes da Universidade. É importante salientar ainda que muitos de nossos colegas que tinham suas formaturas programadas para estes próximos dias tiveram que adiá-las por conta desta Mobilização.
            Apesar dos prejuízos supracitados, nós estudantes do Campus XIII, estamos solidários com este Movimento e reconhecemos a sua importância e legitimidade, manifestando o nosso total apoio, pois entendemos que as ações do atual Governo têm prejudicado sobremaneira a Educação Pública em nosso Estado. O Decreto 12.583/2011, principal fator de deflagração da greve, traz consequências gravíssimas para o bom funcionamento das atividades educacionais na Bahia. Este Decreto, entre outras coisas, implica no corte de recursos públicos para a Educação, estabelece a redução do corpo docente e administrativo das Universidades, inibi as atividades de pesquisa e extensão, além de ferir significativamente a autonomia das Instituições de Ensino Superior da Bahia.
            Mesmo com toda a mobilização promovida pelos professores, técnicos e estudantes – e que já dura mais de um mês - o Governo da Bahia permanece intransigente nas negociações, mantendo uma postura que reafirma indubitavelmente sua política neoliberal de sucateamento e de descaso com a Educação Pública do Estado, mostrando-se indiferente com todos os problemas que atingem nossas Universidades e a sociedade baiana em geral.
            Assistimos, portanto, a este Governo que se diz de “esquerda” realizando as mesmas práticas nefastas de Governos anteriores, promovendo uma política voltada para os interesses capitalistas, enquanto demandas essenciais de nossa população são negligenciadas. Vemos cada vez mais investimentos público sendo retirados de setores importantes como a educação para serem direcionados para áreas de interesses do grande capital e, como acontecia em outros Governos, no intuito de mascarar esta perversa realidade, a grande mídia é, também, o veículo utilizado, para propagar discursos que não condizem com a verdadeira situação vivenciada pela população baiana. 
            Por isso, entendemos que nós estudantes não podemos ficar inerte perante esta situação e temos o dever de nos organizar, mobilizar e agir de forma a debater e combater aos desmandos promovidos contra a nossa Educação, dizendo não a política neoliberal deste Governo que ameaça significativamente o presente e o futuro da nossa população.
            Deste modo, pedimos o apoio de toda a sociedade, no sentido de unirmos forças na luta por uma EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE.  






Fonte: http://www.aduneb.com.br/clipagem.php?news_not_pk=1791






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