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20 de maio de 2011

Alfabetização nos Estados Unidos

Exemplos de Parâmetros Curriculares de Países Desenvolvidos e com Alto Desempenho em Leitura Parâmetros Curriculares dos Estados Unidos

Em 1997 o Congresso dos Estados Unidos mostrava-se preocupado com a queda nos desempenhos em leitura e escrita das crianças norte-americanas. Então solicitou ao Instituto Nacional de Saúde da Criança e de Desenvolvimento Humano um relatório sobre todos os conhecimentos disponíveis sobre a aquisição e o desenvolvimento da leitura, incluindo a eficácia das diferentes metodologias de ensino da leitura.

Em conjunto com a Secretaria de Educação, constitui o Comitê Nacional de Leitura, composta por pesquisadores, professores universitários de faculdades de Educação, professores de ensino infantil e fundamental, administradores educacionais e pais. Examinaram mais de 100 mil estudos científicos publicados desde 1966 e 15 mil publicados antes desta data.Três anos depois o Comitê Nacional de Leitura, publicou em abril de 2000, o relatório ensinando crianças a ler, que contém as diretrizes fundamentais para a alfabetização bem sucedida.Cinco dos sete temas centrais para análise estabelecidas nas audiências foram:A importância de fazer identificação precoce de todos as crianças em risco de fracasso na alfabetização, e de intervir sobre essas crianças para promover a aquisição de leitura;A importância da consciência fonológica, da instrução fônica, e de bons textos, e a necessidade de descobrir como melhor integrar diferentes abordagens à leitura para maximizar a alfabetização eficaz;A necessidade de informação cientifica clara e objetiva sobre a eficácia de diferentes métodos de alfabetização, e a necessidade de que a política oficial de ensino e a prática do professor em sala de aula sejam orientadas por essas descobertas cientificas;A importância de usar os procedimentos estatísticos e metodológicos mais avançados para avaliar todos os estudos da educação e chegar a decisões conclusivas;A importância dos professores, de sua formação, e de sua colaboração com os pesquisadores.


Após examinar os 115 estudos, o comitê propôs sete principais pontos de investigação que envolve a importância de 7 fatores para a alfabetização:A consciência fonológica,A instrução fônica,A leitura em voz alta,A instrução de vocabulário,A instrução de compreensão,Os programas de leitura independente e a formação do professor. 

Dentre as 7 questões, destacam-se duas:Será que instruções de consciência fonêmica melhoram a capacidade de leitura? Se este for o caso, como elas devem ser mais bem implementadas? Será que as instruções fônicas melhoram a capacidade de leitura? Se este for o caso, como melhor administrar tais instruções?

Dentre os primeiros pontos está à importância central, atribuída as instruções metafonológicas e a instruções fônicas. As instruções metafonológicas envolvem as crianças a atentar aos fonemas e a manipulá-los em silabas e palavras faladas. As instruções fônicas envolvem ensinar as crianças a usar as correspondências entre grafema e fonemas para ler e escrever.
As instruções metafonológicas desenvolvem a habilidade de manipular os sons da fala, as instruções fônicas desenvolvem a habilidade de converter esses sons em escrita e vice-versa.


Conforme A. e F. Capovilla a consciência fonológica é a habilidade de discriminar e manipular os segmentos da fala, ou seja, as palavras, as silabas e os fonemas, enquanto a consciência supra fonêmica parece evoluir espontaneamente, a consciência fonêmica não. Em relatório oficial, o Instituto Nacional de Saúde da criança deixa bem claro que: As instruções metafonológicas são altamente eficazes em melhorar a aquisição de leitura e escrita sob diferentes condições de ensino e com diferentes tipos de alunos e idades, quando comparadas às instruções que não dizem respeito ao desenvolvimento dessa consciência.


Além disso, diversos estudos também têm relatado que procedimentos para desenvolver consciência fonológica são eficazes em produzir a aquisição bem sucedida de leitura e escrita competentes. O segundo achado do relatório diz respeito à importância das instruções fônicas, que consistem no ensino explicito e sistemático das correspondências entre as letras e os sons. O relatório também compara dois tipos de instrução fônica: A sintética, em que o educando é explicitamente ensinado a relacionar as letras e os conjuntos de letras individuais aos seus respectivos sons, a converter as letras em sons e combinar os sons para formar palavras reconhecíveis; A analítica, em que o educando é primeiro apresentado a unidades de palavras inteiras e, em seguida, a instrução sistemática associando letras especifica da palavra com seus respectivos sons, sendo que ele só analisa as relações entre letras e sons de palavras que já tenha aprendido anteriormente de modo a evitar pronunciar sons fora da palavra.

Segundo ele, a meta-análise demonstrou que, dentre as diversas variantes do método fônico, a mais eficaz é aquela que introduz os fonemas de forma explícita, sistemática e nunca seqüência planejada, e não o método “contextualizado”, que fornece informações sobre os fonemas na medida em que eles aparecem em textos. Ele também ressalta a importância das habilidades de fluência e de vocabulário para permitir uma maior compreensão do texto e maior facilidade em reter e relacionar as informações de texto. Revela que a leitura em voz alta repetida e dirigida com orientação e correção sistemática pelo professor é mais eficiente em melhorar a fluência da leitura e a compreensão do texto pelo aluno do que a leitura silenciosa feita independentemente pelo aluno e sem direção ou correção pelo professor.


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