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20 de maio de 2011

Acertos e desacertos de Emilia Ferreiro: Um novo olhar para a alfabetização

Acertos e desacertos de Ferreiro

Ao estudar a aquisição da linguagem escrita, Emilia Ferreiro delimitou três períodos na conceptualização do escrito.

1º período - crianças começam a distinguir material gráfico icônico (desenhos, fotografias) do não icônico, (letras palavras). Portanto tende a agir diferentemente se lhe for pedido que desenhe ou que escreva.

2º período - as crianças apresentam maiores diferenciações na escrita. São introduzidas noções de quantidade diversidade de letras por palavras.

3º período - é introduzida a noção de fonetização da escrita (correspondência letra-som).

Esta abordagem é um progresso em relação à teoria piagetiana, pois descreve os estágios pelos quais a criança passa a compreensão da linguagem escrita, porem não se aprofundou aos distúrbios específicos de leitura e escrita, nem ofereceu propostas didáticas concretas para lidar, por exemplo, com a defasagem cognitiva dos aluno.

Esta abordagem ignorou a importância da consciência fonêmica para a aquisição de leitura e escrita. Segundo Ferreiro e Teborosku (1986) o ensino tradicional obriga as crianças “a reaprender e produzir os sons da fala pensando que eles não são adequadamente diferenciáveis, não é possível escrever num sistema alfabético”. As autoras supõem que essa promessa seja falsa, e propõem dois argumentos para tentar justificar tal alegação:

1- as crianças naturalmente conseguem distinguir pares de palavras como mau e pau,

2- “nenhuma escrita constitui uma transcrição fonêmica da língua oral”.

Tais argumentos são inúteis, altamente discutíveis e passiveis de relutação.

O método fônico leva as crianças a conscientizar-se de que a fala é segmentavel em diferentes unidades, como frases, palavras, silabas e fonemas, e aprender a converter os segmentos da fala em escrita.

Como demonstram os próprios dados de Ferreiro e Teberosky simplesmente pressupor que as crianças desenvolvam hipóteses espontaneamente constitui uma injustiça para com a criança carente e um desserviço a sua educação. As crianças de nível sócio econômico baixo tem o direito de ter um condição particular reconhecida e de receber ensino diferenciado e sistemático capaz de supris suas necessidades e iniciar a alfabetização.

Se a escola não fizer bem seu trabalho de ensino sistemático e estruturado de modo a prevenir e remediar dificuldades, essas crianças de nível socioeconômicas baixa serem vitimas da noção influenciada de que toda criança alfabetiza-se por si mesma nas condições escolares regulares.

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