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14 de maio de 2011

Kiy Gay: O preconceito e a homofobia disfarçados do deputado Bolsonaro

Pensar que discutir as temáticas ligadas à sexualidade é algo que fere a moral, ou que,  por discutir as questões voltadas para o respeito às diferenças irá induzir uma criança a ser homossexual é uma barbaridade epistemológica. O que não podemos aceitar é que, deputados e outras “autoridades” constituídas pelo povo, agora deixem de representar o povo. Ser gay é algo absolutamente normal, o que algumas pessoas estão pregando, é que ser gay, é uma perversão, é algo que fere os bons princípios, que Deus o criador de tudo e todos, abomina os homossexuais. Será que em plena contemporaneidade, vamos ver a morte de inúmeros jovens e adolescentes gays, sendo destratados, sofrendo Bullying, ridicularizados até mesmo no momento da morte, como fez uma jornal no Rio de Janeiro, quando noticiou a morte da dançarina Lacraia.Veja capa do jornal.Acredito que a proposta do MEC é louvável e irá contribuir bastante contra a homofobia.


 Notícia 1

Bolsonaro mantém batalha contra kit

Deputado anuncia que participará de ato contra projeto que prevê punição de crimes de discriminação por opção sexual

POR MARCOS GALVÃO

Rio - O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse ontem que vai continuar na luta contra a distribuição pelo Ministério da Educação do kit de combate à homofobia. Na quinta-feira, ele trocou insultos e quase saiu no tapa com a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), em um dos corredores do Senado, durante uma entrevista da senadora Marta Suplicy (PT-SP). Já Marinor disse que Bolsonaro mostrou “que tem aversão a mulher” e que seu partido vai obter a cassação do deputado por falta de decoro.

Bolsonaro disse que, após a confusão no Senado, recebeu apoio de diversas pessoas, uma delas o pastor Silas Malafaia, da igreja Associação Vitória em Cristo, do Rio de Janeiro. O sacerdote o teria convidado para um ato público dia 1º de junho, no Congresso.
A manifestação será contra a aprovação do projeto que prevê punição para crimes de preconceito por orientação sexual, do qual Marta Suplicy é relatora. “Se ser homofóbico é lutar para preservar a família, é ser contra a imoralidade, então sou homofóbico. Vou até fazer uma camisa com esses dizeres”, disse o deputado.

A senadora Marinor Brito disse que vai lutar pela cassação de Bolsonaro, acrescentando que recebeu ontem a solidariedade da ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos. Ela teria lamentado não ter entrado na Justiça contra Bolsonaro, quando era deputada e foi empurrada por ele.


Marinor contou ter entrado com representação contra o deputado na Procuradoria do Senado. “Vou pedir indenização por danos morais, e o PSOL vai ingressar com pedido de cassação”, ironizou.


Notícia 2

Senadora ofendida por Bolsonaro entra com representação por quebra de decoro


Brasília – Pivô de uma ríspida discussão nos corredores do Senado, na quinta-feira (12), a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) anunciou que irá entrar com representação na Corregedoria da Câmara contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Marinor acusa o deputado de atacá-la de forma pessoal, atingindo-a moralmente, o que justifica o pedido por quebra de decoro parlamentar.

A senadora sentiu-se ofendida pelas palavras pronunciadas por Bolsonaro após uma confusão enquanto o deputado tentava expôr, durante uma entrevista da senadora Marta Suplicy (PT-SP), uma cartilha com críticas ao que ele chama de "kit gay" do Ministério da Educação. A senadora bateu-boca e foi acusada, pelo deputado, que a chamou de "heterofóbica". "Eu sou homofóbico? Ela é heterofóbica. Não pode ver um heterossexual na frente dela que alopra!", esbravejou Bolsonaro.

Mesmo sob a guarda da imunidade parlamentar, garantida em casos em que a conduta questionada tenha alguma relação com o exercício do mandato, Marinor garante que as ofensas do parlamentar ultrapassam as fronteiras políticas e se tornam pessoais, portanto devem ser punidas.

A senadora lembrou, em seu site, que não é a primeira vez que Bolsonaro dispara contra as mulheres, na opinião de Marinor, o deputado “tem aversão às mulheres”.

“Ele já agrediu a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), quando ela era senadora, a então deputada Manoela D’Ávila (PCdoB-RS), a Preta Gil e agora a mim. Sabe-se lá quantas outras agressões ele já não cometeu contra mulheres", questionou a parlamentar.


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