As regras existentes nas instituições educacionais são feitas para tornar saudável a convivência entre alunos, professores e funcionários. O difícil é encontrar um ponto de equilíbrio que respeite a posição de todos os envolvidos. Ainda mais quando se discute a permissão para o namoro nos pátios e corredores da escola.A expressão da sexualidade é natural em todas as idades, mas torna-se mais intensa quando se trata de adolescentes. Beijos e abraços também fazem parte dessa manifestação, mas podem gerar constrangimentos. A polêmica está relacionada aos limites da vida social. O que se pode ou não fazer quando se está em lugares públicos? Quais os limites das liberdades individuais? Tanto a liberalidade desmedida quanto a repressão podem gerar problemas. Então, afinal, o namoro deve ou não ser permitido dentro da escola?
SIM
— Acho normal ver os alunos trocando beijos e andando de mãos dadas pelos corredores. A essência do processo educacional acontece nas classes e nas atividades curriculares. Fora disso os jovens são livres e precisam de espaço para outras coisas, como namorar. Nosso papel é orientá-los quanto aos limites e passar os conteúdos de educação sexual. No entanto, em casos extremos, devemos conversar com os envolvidos. Francisco Pinheiro é diretor da Escola Municipal Antônio Diogo de Siqueira, em Fortaleza
NÃO
— A escola definitivamente não é um lugar para relacionamentos amorosos. Nosso regimento contempla essa questão e proíbe até mesmo que os alunos andem de mãos dadas. Essa orientação, que hoje está estampada na agenda dos estudantes, foi fruto de uma decisão tomada há cinco anos por toda a comunidade. Quem a desrespeita é advertido oralmente. Temos consciência de que, se liberarmos um pouco, a coisa pode descambar. Antônio Oscar da Silva é diretor da Escola Estadual Alcebíades Calhão, em Cuiabá
TALVEZ
- As escolas não precisam proibir nem permitir. O jovem deve saber qual atitude é adequada a cada situação. Em geral a proibição torna o ilegal mais atraente. Só que liberar dificulta a decisão sobre o limite aceitável. O melhor é estimular a reflexão em vez de castigar ou dar lições de moral. Comparações também ajudam, mostrando que em alguns lugares, como no ambiente de trabalho, esses comportamentos não são aceitos. Tânia Zagury é doutora em educação e autora do livro Limites sem Trauma
Fonte: Revista Nova Escola
Um comentário:
só para alertar...
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